Ritmos e rimas
Para você, criança.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Xô tristeza
quando o coração dói
agente vira ostra
a tristeza incomoda
mas o vento que passeia
logo logo se aproxima
e nos conta um segredo
“ouçam o murmúrio dos ventos
os sons da natureza...
todos cantam juntinhos
para espantar a tristeza”.
Lou Vilela
Vovô em cena
A Gabriel, in memoriam
O vovô de Iago,
Mateus e Aninha
fechou os olhinhos,
esqueceu a idade:
partiu sem adeus,
sem mochila...
na hora de fazer
traquinagem.
No céu uma estrela
que brilha e acena.
Sorrindo, encena
deixando saudades.
Lou Vilela
O sumiço do rói-rói
A raiva pegou a reta
foi para a rua roer
“rá rá rá” – sorriu bem alto
quis à barriga encher.
Dona Rita, assim que soube
tratou de o jardim proteger
"rói rói rói" rosnou a raiva
lá, não conseguiu roer.
Sr. Romeu, o vizinho
guardou a roupa real
costurada com zelo
para a festa no arraial
a raiva fez um rói-rói
começou a passar mal.
Foi assim que aconteceu
durante os dias de festa:
a raiva nada roeu
estavam todos alertas
e o rói-rói contrariado
fez bico, sumiu às pressas.
Lou Vilela
O menino que imitava cigarras
A cigarra em seu canto
faz barulho estridente.
O menino quase sempre
- revelando fome brava -
assobia igual canção:
grita... grita... grita!
Quer saúde, ir à escola,
uma casa, jogar bola,
crescer comendo o seu pão.
Lou Vilela
Não tem quem aguente
Tem certas dores
que dão de repente
não tem quem aguente.
Dor de barriga
é a acrobata lombriga
dançando escondida?
Dor de ouvido
é o travesso mosquito
zanzando, zunindo?
Dor de dente
é o teimoso pica-pau
tamborilando na gente?
Dor de cabeça
é a sábia suindara
rasgando mortalha?
Dor de garganta
é a aranha arteira
tramando a sua teia?
Pra dor sarar
que tal um beijinho
e muito carinho?
Lou Vilela
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Mensageiro dos ventos
vem pulsar uma viola sob
noite enluarada,
ouvir grilos, vagar lume?
há dias em que até as pedras
cantam poemas: a natureza
explode em exuberância!
e o poeta (in)venta
: faz da pena um moinho
Lou Vilela
Cavalo domado
o medo, aquele intruso
surge sem avisar
quer brincar de estátua
a todos paralisar
aprendi com o vaqueiro
cavalo bravo domar
monto no medo, pego as rédeas
disparo a galopar
segura peãoooooo!
Lou Vilela
Amiga prazenteira
a mente é peralta
de quietinha nada tem
pula, corre, rodopia
constrói seu vai e vem
ajuda nas tarefas
nas escolhas, no dia a dia
é amiga prazenteira
vive fazendo folia
alimenta-se de sabores
de cores, do imaginar...
tudo que aprendemos, sentimos
e que nos possa saciar
Lou Vilela
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)